Os mitos do sono do bebê

Os bebês aprendem todos a dormir da mesma forma? As estratégias adotadas pelos pais influenciam o sono do bebê? O recém-nascido sabe distinguir o dia da noite? Conheça a resposta a estes e outros mitos sobre o sono dos bebês.

1. Os bebês são todos iguais

Não é verdade. Alguns bebês dormem a noite toda logo aos três meses, outros vão demorar muito mais tempo a conseguir fazê-lo.

Da mesma forma, alguns bebês podem estabelecer um padrão de sono regular e mantê-lo assim por muito tempo e outros bebês que dormiam bem passar a acordar à noite.

2. Se uma determinada técnica do sono resulta com aquele bebê também resulta com o meu

O modo como o bebê aprende a dormir varia segundo alguns fatores. Alguns bebês precisam de mais amparo do que outros.

Mas ensinar o bebê a dormir também depende das convicções dos pais. Alguns preferem tentar técnicas mais drásticas como o método chorar até cansar, outros preferem o método sem chorar ou partilhar a cama com o seu bebê.

3. Os bebês aprendem todos a dormir da mesma forma

Cada bebê tem a uma personalidade, necessidades e formas de se adaptar ao mundo extrauterino. Uns são mais carentes, outros mais autónomos.

Cada bebê é único e desenvolve uma personalidade singular, o que não significa que seja melhor ou pior, mas que acaba por condicionar o modo como aprende a dormir, a autoconsolar-se e a lidar com os despertares noturnos.

4. Se o bebê acorda à noite para mamar, o leite materno não é bom

A qualidade do leite materno não deve ser rotulada de acordo com o apetite do bebê. Nos primeiros meses de vida é perfeitamente normal que o bebê acorde várias vezes à noite para comer. O seu estômago é pequenino e fica saciado com pequenas quantidades. Sendo o leite um alimento de fácil digestão é natural que fique com fome rapidamente.

Por outro lado, há bebês que podem precisar de um reforço a meio da noite, por exemplo, nas fases dos surtos ou picos de crescimento (o bebê tem sustos de crescimento às duas ou três semanas, às seis ou oito semanas, aos três meses, aos seis e aos nove meses) e, após algum tempo a dormir com regularidade, começam a acordar a meio da noite para comer.

5. O recém-nascido sabe distinguir o dia da noite

Quando o bebê nasce, ainda não sabe distinguir o dia da noite. No ventre, o bebê não consegue desenvolver esta percepção. Só a partir das seis a oito semanas de vida é que começa a fazê-lo e a ajustar o seu ciclo de sono.

Assim, nos primeiros tempos a mãe deve descansar quando o bebê dorme para estar com energia para suportar os acordares noturnos.

Para aprender a separar o dia da noite, o bebê tem que ser ensinado. O ambiente durante o dia é ativo e luminoso, à noite é escuro e tranquilo.

6. Todos os bebês se desenvolvem ao mesmo ritmo

Cada bebê/criança, adquire novas competências ao seu próprio ritmo sem que isso signifique algum atraso do desenvolvimento.

7. Não é necessário adormecer o bebê da mesma forma todos os dias

Depois de decidir a rotina do sono (como dar banho, mamar, miminhos e deitar) a mesma deve ser mantida todos os dias. Mesmo aos fins-de-semanas e férias.

O bebê precisa dessa previsibilidade para conseguir definir e manter um padrão de sono equilibrado e constante.

8. Se o bebê estiver exausto, adormece mais depressa

Os bebês exaustos, que são demasiado estimulados horas antes do início da rotina do sono, ficam irritados e inquietos e, por isso, podem ter mais dificuldade em adormecer.

9. Não faz mal acordar o bebê durante as sestas diurnas

O bebê não deve ser incomodado durante as sestas diurnas. Apesar de o ambiente à sua volta dever ser mais claro e mesmo com alguma agitação, o bebê não deve ser acordado a não ser que haja indicação médica para o fazer como quando, por exemplo, tem que ser alimentado com determinada regularidade.

Quando o sono do bebê é interrompido, o ciclo é alterado e o bebê pode ter mais dificuldade em regular o sono. Para além disso, dormir é uma necessidade básica dos bebês.