Quando é que o bebé começa a mastigar? Como se devem introduzir os primeiros alimentos não tão triturados? Neste artigo oferecemos-lhe todas as dicas para que este processo seja um sucesso. O leite, e em geral os alimentos líquidos, são para o bebé como um prolongamento do corpo materno, algo que entra no seu interior e que lhe proporciona prazer.
Com os primeiros alimentos sólidos, as coisas mudam. A criança não pode comer sempre succionando: cria-se assim uma separação entre o prazer de ingerir alimentos e o prazer de sucção. Por isso, frequentemente, os bebés podem fazer alguma resistência aos alimentos sólidos, fechando a boca face a um alimento que necessitem de mastigar e que, normalmente, lhes é oferecido com uma colher.
Como tudo o que afeta a etapa da alimentação complementar, também a introdução dos alimentos mais sólidos deve ser gradual, para que o bebé se acostume a mastigar. Apresentamos-lhe algumas sugestões para agilizar este passo.
Quais são os músculos da mastigação e como se desenvolvem?
No processo da mastigação estão envolvidos os dentes, os lábios, os maxilares e a articulação temporomandibular, as bochechas, a língua e o palato duro. Para possibilitar os movimentos de todas estas zonas da cabeça, trabalham, principalmente, os seguintes músculos:
Porque é importante a mastigação?
A mastigação é o primeiro ato do processo da digestão. Esta é uma razão mais do que suficiente para se fazer uma ideia da importância de adquirir um bom hábito de mastigação. Entre outras coisas, a introdução a partir dos seis meses de alimentos sólidos diferentes do leite materno ou de fórmula serve para ativar, para exercitar, os músculos das mandíbulas e todas as partes da cabeça e do pescoço envolvidas no processo de mastigação.
Como tal, é fundamental que o bebé comece a comer pedacinhos pequenos de texturas moles durante a introdução de novos alimentos de forma gradual entre os seis meses e o ano. Como todos os músculos, os de mastigação necessitam de se fortalecer e manter ativos. Tal estimula, além disso, a secreção natural de saliva por parte das glândulas salivares. A saliva alcaniza os sucos gástricos, favorece a digestão e combate possíveis transtornos como o refluxo e a acidez do estômago.
É possível acostumar o bebé a mastigar cada bocado lentamente e durante bastante tempo. O ideal é mastigar cada bocado entre 25 e 30 vezes. Desta forma, saboreiam-se mais e melhor os alimentos, além de se alcançar antes a sensação de saciedade e de se ingerir menos ar. Tudo são vantagens quando mastigamos bem, e isto também serve para os adultos!
Conselhos para ajudar a mastigar
Por volta dos sete ou oito meses, os bebés são capazes de mastigar. Comecem a oferecer-lhe no final da mamada, quando já estiver saciado, uma colher de fruta ralada e deixe que experimente com calma. Para ele será uma brincadeira. Não é necessário insistir e oferecer-lhe alimentos sólidos a todo o custo, especialmente quando o bebé está com muita fome.
Se rejeitar os alimentos sólidos com pedacinhos, talvez ainda não tenha chegado o momento. Não terá de insistir e deve atrasar-se a sua introdução durante algumas semanas, de modo que não se crie uma tensão relacionada como momento de comer. Depois da rejeição, também se pode tentar dar papa no biberão, votando a tentar mais tarde, sem pressões. O bebé tem de aprender a ingerir de uma forma nova. Portanto, não se deve introduzir demasiada quantidade na boca.
Durante o rompimento dos primeiros dentes, muitos bebés sentem uma imperiosa necessidade de morder qualquer objeto que consigam apanhar. Este desejo deve ser satisfeito, dado que alivia o mal-estar das gengivas e favorece a saída do dente. Além disso, no momento em que um bebé é capaz de levar um alimento à boca deve incentivar-se a fazê-lo, procurando, no entanto, que não se trate de pedaços demasiado grandes que poderia engolir inteiros.
(FONTE: Edurne Romo – O meu bebê)