Eletrônicos na infância: qual é o limite ?

Que as crianças estão tendo acesso à internet cada vez mais cedo não é uma percepção obtida apenas pelos resultados de pesquisas. Essa realidade pode ser vista por qualquer pessoa que frequente lugares públicos. Na fila do banco, no shopping, na lanchonete, até no parque de diversões, que deveria proporcionar um momento de descontração, é possível encontrar uma criança focada mais na tela de um eletrônico do que no ambiente que está ao seu redor. 

Essa realidade tem sido mais marcante nos últimos dois anos, com o surgimento do coronavírus. Assim que foi decretada a pandemia, muitos pais, por não estarem preparados para lidar com isolamento, optaram por deixar que seus filhos tivessem acesso aos eletrônicos. Longe dos amigos, familiares, da escola, das recreações , essa prática se tornou uma rotina na vida infantil e o resultado foi um aumento significativo de crianças com acesso às NTICs (Novas Tecnologias de Informação e Comunicação).

Embora o assunto em fala preocupe e pareça incorrigível, é possível assumir o controle com os filhos sem a necessidade de proibições exageradas, tendo o auxílio, inclusive, da própria tecnologia. E isso não dispensa a importância das interações pessoais, as quais ainda possuem mais eficácia do que vídeos que ensinam novas habilidades, conforme nos mostram os estudos da Academia Americana de Pediatria (AAP) e Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

O limite está na utilização da tecnologia de forma que possa proporcionar conteúdo que gere bons estímulos, aprendizados e habilidades relevantes para as crianças, tais como aplicativos de leitura, pintura, desenho e  raciocínio lógico.  Isso, somado a um horário específico do dia e com limite de tempo, trará bons resultados.

Uma ajuda profissional tanto para pais, os quais necessitam de uma orientação quanto à conduta a ser tomada; bem como , para os filhos, que precisam aprender a trabalhar os limites; é fundamental nesse processo de, podemos dizer, desmame virtual.  

Nesse sentido, conte com nossos profissionais da área da saúde mental. Eles estão aptos para ajudar sua família nesse processo.

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Produção de conteúdo: Sarita Bezerra